quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Consequências de resíduos industriais nas águas dos rios.

Os resíduos industriais representam grande ameaça à qualidade da água, à saúde e ao meio ambiente, pois são capazes de provocar enormes danos aos organismos vivos, e, consequentemente à cadeia alimentar e à nossa saúde. A maior parte dos poluentes atmosféricos reage com o vapor de água na atmosfera e volta à superfície sob a forma de chuvas, contaminando, pela absorção do solo, os lençóis subterrâneos. O lançamento de resíduos industriais nas águas e nos solos constitui um sério problema ecológico. Substâncias poluentes, como detergentes, ácido sulfúrico e amônia, envenenam os rios onde são lançados, causando a morte de muitas espécies da comunidade aquática.


Esses efluentes de origem orgânica promovem modificações nos processos metabólicos dos rios, alterando principalmente o balanço entre Carbono e Oxigênio dissolvidos (há uma diminuição do Oxigênio dissolvido e um aumento do Carbono). O balanço entre estes nutrientes dá a noção de quanto o rio está poluído.
Essas alterações podem ser medidas observando-se as mudanças na quantidade de oxigênio dissolvido e outros parâmetros físico-químicos de qualidade da água como o pH, a condutividade e a temperatura.
Jogar o esgoto sem tratamento nos rios altera os sistemas biológicos, pois o aumento da quantidade de nitrogênio faz com que algas e bactérias se reproduzam muito rapidamente, consumindo todo o oxigênio dissolvido e transformando o ambiente de aeróbio (com oxigênio) para anaeróbio (sem oxigênio).
Essa diminuição do oxigênio nos ecossistemas aquáticos pode fazer com que os peixes, e outros seres que dependem do oxigênio dissolvido na água, morram. Há também o aumento da emissão de óxido nitroso (um dos gases do efeito estufa) que pode provocar a acidificação do solo (que fica mais pobre). A consequência mais rápida é a perda da biodiversidade do local. Jogar o esgoto e resíduos industriais sem tratamento nos rios faz também aumentar a quantidade de carbono orgânico dissolvido nas águas. O carbono existente pode ser transformado em biomassa, isto é, em seres vivos, dependendo também da disponibilidade de nitrogênio no sistema. Pode ser também decomposto química ou microbiologicamente ou, quando em grande quantidade, depositado no lodo do rio.



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